Ana Trindade

DAS VIVÊNCIAS MUSICAIS À ORIENTAÇÃO DO/NO TEMPO: A HISTÓRIA ALÉM DAS SALAS DE AULA
Ana Carla de M. Trindade
UFPB


Ensino de História, Música e Cultura Histórica: os sentidos
“Sempre vai haver uma canção contando tudo de mim Sempre vai haver uma voz contando tudo,tudo de nós”.“Tudo de Nos” Kid Abelha

Percorrer os caminhos do diálogo História e Música no processo ensino-aprendizagem da história, partindo da relação que estabelecemos com a mesma, para além do espaço escolar, - pressupõem estarmos dispostos a perder-mo-nos e encontrarmo-nos no complexo sistema da subjetividade. Pois, partimos da carência de responder e investigar algo que envolve um conjunto de emoções que narram e atribuem sentidos as nossas vivências.

A música, entre todas as categorias teóricas que possam especificá-la, é investigada aqui, pelo elo do sentido. Tal como a história, nos permite viver o espaço do outro - o não lugar que estabelecemos como nosso. É algo que conversa com o corpo e por mais estático que pareça,ambas, com suas potências críticas nos transformam estranhos no mundo,ao mesmo tempo em que entendemos os porquês do que está sócio e culturalmente acontecendo.  Em outras palavras, possuem poder sobre a constituição de nossas ideologias e formas de viver e compreender o mundo e a nós mesmos.

A canção nos proporciona vivenciar muitas vezes de forma direta e indireta uma concepção de tempo poético que carrega potencias ideológicas. Pois através dela, podemos conviver com passado, presente e futuro, ao imaginarmos e tomarmos para nós o que lá está escrito.  Corroboramos com a visão de Marcos Napolitano quando diz que “a música popular brasileira tem um lugar sóciogeográfico que seria tanto mais autêntica e legítima quando mais fiel a esse passado” (NAPOLITANO, 2003, p. 54). Continua [...] arrisco dizer que o Brasil, sem dúvida [...], é um lugar privilegiado não apenas para ouvir a música, mas também para pensar a música (NAPOLITANO, 2003, p. 07).

Notadamente, enxergo a relação música- ensino- história por meio de um itinerário teórico que parte do diálogo primordial entre história e cultura na medida em que esta desencadeia-se em noções como Cultura Histórica. Pois, com a “virada cultural” ou por assim dizer o advento da“Nova História Cultural” (NHC) em 1970 (BURKE, 2008) ampliaram-se as possibilidades de pesquisa, enxergando-se as múltiplas práticas e representações culturais presentes no cotidiano, antes ignorados ou silenciados pelos historiadores.Sandra Pesavento (2012, p. 15) destaca que a NHC “trata-se antes de tudo, de pensar a cultura como um conjunto de significados partilhados e construídos pelos homens para explicar o mundo”.  Na seara dessas discussões o ensino de história escolar e seus agentes receberam destaque nas investigações.

Há muito tempo, nós, historiadores, temos consciência de que o ato de narrar o passado não é limitado à nossa práxis.  Jornalistas, cineastas, literários, compositores e outras diversas áreas de produção do conhecimento e entretenimentos têm instigado a história para além da instituição historiográfica. De modo que as relações que os homens tecem com a história (por meio dessas novas formas de narrar o passado) para se orientar no tempo, há algumas décadas, tornou-se personagem de destaque no palco de investigação epistemológica da história. A esse conhecimento do passado que é produzido além da ciência histórica, dá-se o nome de Cultura histórica:

“Entendo por cultura histórica os enraizamentos do pensar historicamente questão aquém e além do campo da historiografia e do cânone historiográfico. Trata- se da intersecção entre a história científica, habilitada no mundo dos profissionais como historiografia, dado que se trata de um saber profissionalmente adquirido, e a história sem historiadores, feita, apropriada e difundida por uma plêiade de intelectuais, ativistas, editores, cineastas, documentaristas, produtores culturais, memorialistas e artistas que disponibilizam um saber histórico difuso através de suportes impressos, audiovisuais e orais”.  (FLORES, 2007, p.95).


O historiador e filosofo alemão Jörn Rüsen, ao discutir a noção de cultura histórica define que ela “nada mais é, de inicio, do que o campo da interpretação, do mundo, e de si próprio, pelo ser humano” (RÜSEN, 2007,p.121). Para Rüsen a Cultura Histórica e composta por três dimensões: politica, estética e cognitiva.  Segundo ele “a arte confere à elaboração da memória pela consciência histórica um potencial de sentido que pertence à vivacidade de toda cultura histórica”.

Assim, pesquisar as relações que os alunos tecem com o passado fora do espaço escolar – aulas de histórias – torna-se importante, na medida em que possibilita refletir sobre essas questões para além dos muros escolares, e também dentro das aulas. Logo, a concepção de tempo, utilizada pelos homens comuns (destaco os alunos) são fortemente influenciadas pelas relações que eles estabelecem com o passado em seu cotidiano. Portanto,acredito que ao investigarmos os usos e experiências (vivências musicais) que alunos e professores estabelecem com música, requer o esforço de vê-los dentro do emaranhado cultural que descortinará reflexões específicas sobre as contribuições do uso da música para o ensino-aprendizagem de história, destacamos – de acordo com os usos e experiência – a sua importância para a ampliação da Consciência Histórica.

(IN) Concluindo
Por continuidade e não por fim, a relação entre os sujeitos e os lugares, as práticas que estabelecem, as conexões que permitem, as fugas que tecem, tudo isso faz parte não somente da escrita da história numa perspectiva da pesquisa histórica, mas, também do perfil docente e discente que em constante construção não deixa de (re)escrever a todo instante a própria  linguagem de sua disciplina na sala de aula. 

REFERÊNCIAS
BURKE, Peter. O que é História Cultural? Tradução: Sergio Góes de Paula. 2ed.rev. e ampl.-RJ:Zahar,2008.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
CHAVES, Élio Flores. Dos feitos e dos ditos: História e Cultura Histórica. Revista de História [16]. João Pessoa Jan/Fev de 2007.
NADAI, Elza.  “Trajetórias e perspectivas do ensino de História no Brasil”. Revista História, 1992. Acesso em > 13/03/2013 ás 08:00h
NAPOLITANO, Marcos. História e Música: história cultural da música popular. Belo Horizonte: Autêntica, 2002
RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história: fundamentos da ciência histórica. Brasília: Tradução de Estevão de Rezende Martins. Editora Universidade de Brasília, 2001
RÜSEN, Jörn. “A força cognitiva da cultura histórica”. In:_____. História Viva: teoria da história: formas e funções do conhecimento histórico. Tradução de Estevão de Rezende Martins. Brasília: Editora UNB, 2007.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & História Cultural. 3.ed. Belo Horizonte . Autentica, 2012.

PERGUNTAS

O uso das músicas durante o ensino de História, na sua opinião, pode contribuir para aumentar o interesse dos alunos pelos conteúdos? Eu acho incrível o uso das músicas em sala de aula, já tive essa experiência e a compreensão do assunto foi maior a partir da interpretação da música. por Letícia Mello

Olá, Letícia Mello.
Primeiramente, obrigada pela pergunta.
Penso e concordo com você, Letícia. A utilização da música é, a meu ver, importante no processo de ensino-aprendizagem da história. Acredito que os interesses dos alunos pelos conteúdos e as discussões, levantas durante as aulas aumentam sim, principalmente quando o professor também pensa a partir das vivências musicais dos jovens. Pois seja vista como fonte histórica e/ou recurso didático-metodológico elas (canções) carregam sentidos (ideológicos e históricos) para vida dos mesmos. Isso irá tornar a discussão mais dinâmica e reflexiva, o educando podendo ser ver e posicionar-se como ativo desse processo de construção e reflexão dos saberes históricos.
Ana Carla de M. Trindade


25 comentários:

  1. DAS VIVÊNCIAS MUSICAIS À ORIENTAÇÃO DO/NO TEMPO: A HISTÓRIA ALÉM DAS SALAS DE AULA
    Ana Carla de M. Trindade
    UFPB
    1. Ao afirmar que “(...) as relações que os homens tecem com a história (por meio dessas novas formas de narrar o passado) para se orientar no tempo, há algumas décadas, tornou-se personagem de destaque no palco de investigação epistemológica da história.”, a autora não aceita como inverídicas versões que não passam de literatura, que, naturalmente tem seu valor, mas não tem a obrigação da ciência histórica?
    Maria Izabel Nogueira – Campo Mourão

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    1. Olá, Maria Izabel Nogueira. Boa noite!
      Primeiro, obrigada pela pergunta e leitura do texto.
      Bem, quando cito (as relações que os homens tecem com a história (por meio dessas novas formas de narrar o passado) não quis me referir a elas como “inverídicas ou “verídicas” e com “obrigação com a ciência histórica”. Mas, como versões que potencializam para o cotidiano dos seres humanos (muitas vezes) (especialmente alunos) narrativas do passado. Deste modo, (acredito) serem possíveis de investigação histórica.

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  2. Gustavo Silva de Moura10 de maio de 2015 às 15:30

    A música inserida no ensino de história é um tema muito pertinente nos dias atuais, pois a quantidade de informações relacionadas transita grandemente entre os alunos, como você consegue enxergar essa experiência, você já teve alguma prática relacionada a ensino de História e música?
    Att
    Gustavo Silva de Moura
    mouragustavo80@gmail.com

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    1. Olá, Gustavo Silva de Moura. Boa noite!
      Obrigada pela pergunta e leitura do texto.
      bem, eu enxergo essa experiência da relação: história e música no processo de ensino-aprendizagem da historia escolar como positiva. Já tive a oportunidade de vivenciar essa prática na sala de aula como professora por diversas vezes. E acredito que o fato de parti dos gostos musicais dos alunos favoreceu e influenciou positivamente o bom desenvolvimento e reflexão do conhecimento histórico nas aulas.

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  3. Privilegiar a linguagem musical no ensino de História significa construir conhecimento, por meio de um recurso didático motivador e prazeroso que envolve larga possibilidade de trato metodológico. Qual o método que você utilizou (ou utilizará) em seu trabalho?
    Atenciosamente
    Michele Metelski

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  4. Olá, Michele Metelski. Boa Noite!
    Obrigada pela pergunta e leitura do texto.

    Veja, estamos aplicando o Método de pesquisa colaborativa, (alunos e professores como colaboradores da investigação) Dividida em duas fases. A fase primeira estar ainda em desenvolvimento, por isso, ainda não possuímos resultados e respostas. Estamos investigando os usos e experiência de alunos e professores na relação música e conhecimento histórico, para além das aulas de história. Para responder a essa pergunta aplicamos (questionários e entrevistas orais). Só depois, com base nestes resultados será pensado em conjunto com as (professoras) as possíveis formas de aplicar a música no processo ensino-aprendizagem da história, partindo da realidade dos agentes desse processo (alunos e professores).

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  5. De acordo com a autora: “A canção nos proporciona vivenciar muitas vezes de forma direta e indireta uma concepção de tempo poético que carrega potencias ideológicas”.
    De que maneira, o professor poderá trabalhar as canções de forma direta e indireta uma concepção de tempo poético carregada potencias ideológicas, na disciplina de história? Exemplifique.
    Marcianita Siqueira Bine

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  6. O texto frisa que, pesquisar as relações que os alunos tecem com o passado fora do espaço escolar – aulas de histórias – torna-se importante, na medida em que possibilita refletir sobre essas questões para além dos muros escolares, e também dentro das aulas. Logo, a concepção de tempo, utilizada pelos homens comuns (destaco os alunos) são fortemente influenciadas pelas relações que eles estabelecem com o passado em seu cotidiano.
    Partindo do pressuposto acima apresentado, podemos utilizar técnicas e metodologias que visem fortalecer o elo entre passado/ presente e futuro que dialoguem entre o estudo de História e da Música, pensando nos momentos sociais/culturais que vivemos ao longo de nossa existência, dos quais muitas vezes participamos, mas não compreendemos, como observamos nos eventos das Viradas Culturais, semanas teatrais, que acontecem todos os anos e que são momentos riquíssimos de tradução entre História e Música, entre cidadania consolidada nos aspectos sociais/econômicos e culturais e por outro lado, valorizando as manifestações artísticas, seja no campo da arte, música, escrita ou outra, através das quais são instituídos valores e representados momentos históricos fortemente vivenciados por muitos personagens que se farão visuais ou não, no entanto, que contribuíram para o enriquecimento de nossa construção histórica. Será que nossos professores têm tal preparo pedagógico para desenvolver este trabalho com os alunos, já que alguns esbarram no aparato tecnológico presente no cotidiano escolar, dos quais grande parte dos alunos detêm maior conhecimento que alguns professores?
    Geraldinéia Aparecida Santos

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  7. O texto frisa que, pesquisar as relações que os alunos tecem com o passado fora do espaço escolar – aulas de histórias – torna-se importante, na medida em que possibilita refletir sobre essas questões para além dos muros escolares, e também dentro das aulas. Logo, a concepção de tempo, utilizada pelos homens comuns (destaco os alunos) são fortemente influenciadas pelas relações que eles estabelecem com o passado em seu cotidiano.
    Partindo do pressuposto acima apresentado, podemos utilizar técnicas e metodologias que visem fortalecer o elo entre passado/ presente e futuro que dialoguem entre o estudo de História e da Música, pensando nos momentos sociais/culturais que vivemos ao longo de nossa existência, dos quais muitas vezes participamos, mas não compreendemos, como observamos nos eventos das Viradas Culturais, semanas teatrais, que acontecem todos os anos e que são momentos riquíssimos de tradução entre História e Música, entre cidadania consolidada nos aspectos sociais/econômicos e culturais e por outro lado, valorizando as manifestações artísticas, seja no campo da arte, música, escrita ou outra, através das quais são instituídos valores e representados momentos históricos fortemente vivenciados por muitos personagens que se farão visuais ou não, no entanto, que contribuíram para o enriquecimento de nossa construção histórica. Será que nossos professores têm tal preparo pedagógico para desenvolver este trabalho com os alunos, já que alguns esbarram no aparato tecnológico presente no cotidiano escolar, dos quais grande parte dos alunos detêm maior conhecimento que alguns professores?
    Geraldinéia Aparecida Santos

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    1. Olá, Geraldinéia Aparecida Santos.
      Boa, noite e obrigada pelo pergunta, contribuição com a discussão e leitura do texto.

      Bom, achei brilhante sua colocação. Eu particularmente acredito que sim, pois o trabalho com a música não exige tamanho conhecimento acerca de recursos tecnológicas e hoje decorrido a enorme quantidade de cursos de formação continuada os professores (digo os que ainda não tinham ou tem contato com certas tecnologias) se aproximam das mesmas, em uma perspectiva pedagógica. E no caso especifico da música, basta um som (radio), computar ou até mesmo celular, para reproduzir as mesmas na sala de aula, acompanhada da letra (vai depender da metodologia do professor). Também penso, que já é presente nas salas de aula uma grande quantidade de professores que tem domino dessas tecnologias, uma vez que nasceram cresceram em meio a essa evolução tecnológica.

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  8. Sabemos que muitos professores ainda acreditam que o ensino aprendizagem só acontece dentro da sala de aula. O que fazer para que esses professores parem de pensar de forma tradicional?

    Sirlene Pio

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    1. Olá, Sirlene Pio.
      Boa noite e obrigada pela pergunta e leitura do texto.

      Particularmente não tenho uma resposta para essa questão. Mas, acredito que debates, problematização sobre esse tema e formação continuada seria e é umas das saídas.

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  9. Gostaria de sugestões de como trabalhar com as musicas? E se seria mais proveitoso músicas que fazem parte do cotidiano do alunos? Gostaria de saber sua opinião. Muito Obrigada! Natania Teixeira

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    1. Olá, Natania Teixeira.
      Boa noite e obrigada pela pergunta e leitura do texto.
      Existe uma diversidade de formas (analise das letras, das canções em si, os próprios alunos apresentarem seminários e problematizar o assunto com músicas de suas escolhas) vai depender dos conteúdos e temáticas que desejar problematizar em sala, mas seguindo a linha da minha problemática desse texto, acredito que partir da realidade dos alunos é bastante significativo. Com sugestão de músicas, indico que dê uma olhada em músicas como as dos MCs, exemplo os Racionais, cantores de reggae ex: Edilson Gomes, Rock, Pop rock, exemplo: A banda Plebe Rude, Camisa de Vênus, Banda Jovens Delta, Funk, exemplo: Valesca Popozuda. Essas são apenas uma mínima quantidade a termos de exemplos

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  10. Como seria a forma de aplicar uma nova metodologia da história feita em forma de música para ser levado em sala de aula.
    Simone Rita Castagna.

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    1. Olá, Simone Rita Castagna.
      Boa noite, obrigada pela pergunta e leitura do texto.
      Sugiro para você o mesmo que falei para colega Natania Teixeira. A resposta é essa anterior a sua pergunta.

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  11. Ao afirmar que acredita “que ao investigarmos os usos e experiências (vivências musicais) que alunos e professores estabelecem com música, requer o esforço de vê-los dentro do emaranhado cultural que descortinará reflexões específicas sobre as contribuições do uso da música para o ensino-aprendizagem de história, destacamos – de acordo com os usos e experiência – a sua importância para a ampliação da Consciência Histórica.”, a autora não está tendo uma visão poética do ensino de história na escola pública?
    Joana d'Arc Conrado

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    1. Olá, Joana d'Arc Conrado.
      Boa noite, obrigada pela pergunta e leitura do texto.
      Acredito, que não estou tendo uma leitura poética do ensino de história na escola pública. Pois, não estou sugerindo algo impossível a ser aplicado ou pensado nas aulas de história. É uma forma diferenciada de problematizar os saberes históricos, partindo da realidade dos alunos e, acredito que o processo de analise e reflexão mediado pela música, amplia a consciência histórica dos jovens.

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  12. Marcia Aparecida Orsi14 de maio de 2015 às 05:23

    Como identificar diferenças culturais entre o modo de vida de sua localidade e o da comunidade.

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  13. Roseli Avila Bonette14 de maio de 2015 às 17:59

    Boa noite, antes de mais nada, ótima ponto de vista sobre a utilização da música como fonte "alternativa" no aprendizado da história. Contudo a minha dúvida é qual seria a melhor forma de despertar o mesmo interesse, pela maioria dos alunos, a musicas com um contesto histórico e/ou filosófico de qualidade? tendo em vista, a enorme quantidade de "lixo" cultural que de certa forma é despejada sobre elas, seja pela condição social em que vivem nossos alunos do ensino publico ensino, ou até mesmo pela condição cultural da população. Agradeço desde já.

    Roseli Avila Bonette.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Olá, Roseli Avila Bonette.
      Boa noite e obrigada pela pergunta e leitura do texto.
      Veja, existe hoje, muitas dessas canções com contesto histórico e/ou filosófico que já receberam interpretações de artistas contemporâneos aos jovens, um exemplo simples é Cálice do Chico Buarque interpretada pela Cantora Pitty. Como parte do processo situar que a canção foi composta por Chico Buarque e o significado de suas músicas para o momento faz parte. Porém levar canções da época que se aproxime minimamente dos gêneros musicais dos jovens talvez seja outra saída. Exemplo, as bandas do BRock

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  14. Como despertar o interesse dos alunos pelas músicas que contam a história, como por exemplo as da época da ditadura militar, se hoje em dia os alunos, em sua maioria, músicas vazias e sem conteúdo?
    Daniela Aparecida da Silva

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