Edilza Fontes e Davison Alves

AS IMAGENS DO BRASIL REPUBLICANO NO FILME “O VELHO”
Edilza Joana Oliveira Fontes
UFPA
Davison Hugo Rocha Alves
UERJ


O uso de filmes e documentários no ensino de História tornou-se didaticamente um recurso interessante para auxiliar o professor/aluno a compreender determinados processos históricos, por exemplo, a partir do documentário “o velho - a história da Luís Carlos Prestes”, de 90 minutos, pode-se ensinar História do Brasil a partir da biografia do líder comunista Luís Carlos Prestes. Este documentário sobre direção de Toni Venturi traz ao público uma versão da História do Brasil a partir da trajetória deste personagem politico, tomando como recorte a Revolução Russa (1917) e aqueda do muro de Berlim (1989), o documentário estabelece dois marcos: um cronológico e outro histórico, personificando na figura de Prestes a simbologia do comunismo no Brasil.

O documentário é uma leitura do “breve século XX”, tese defendida por Eric Hobsbawm, em seu clássico A Era dos Extremos: o breve século XX (1914-1989), que identifica a queda do Mundo de Berlim como encerramento de um processo histórico. O filme tem esse título “o velho”, por que era o apelido que o líder comunista ficara conhecido, por ter vivido durante muito tempo na clandestinidade, ele era assim identificado com um codinome. Uma função interessante a ser utilizado no espaço escolar, pode ser vista em relação a alguns temas que são propostos pelo ENEM para a área das humanidades. O documentário traz uma dinamização para as aulas desta etapa de ensino e desperta o interesse do aluno a partir dos temas proposto pelo exame nacional. Ele está disponível na íntegra na internet no link https://www.youtube.com/watch?v=1u02uqMK6Ek, podendo ser utilizado integralmente ou recortado para determinado tema histórico, o que facilita seu uso em sala de aula durante o ano letivo, por exemplo. 

O documentário tem uma estrutura de 6 blocos bem definidos que são: o 1º bloco, a inocência, que apresenta a infância de Prestes, os anos 20, o Prestes e o movimento tenentista, a coluna Prestes sua herança polêmica, o movimento de 30, o contato com as ideias comunistas, a Revolução de 30 e o seu exílio em Moscou. O 2º bloco, a coragem, narra as atividades de Prestes em Moscou, a sua entrada no PCB e as sementes do movimento de 35, o encontro com Olga Benário, o pré-35 no Brasil, a explosão dos acontecimentos de novembro de 35, o fracasso das insurreições armadas, prisão dos envolvidos no episódio de 35, em busca da liberdade de Prestes e a filha Anita a caça aos comunistas e a tortura, o assassinato de Elza, a prisão de Prestes. O 3º bloco, a esperança, apresenta o contexto do Estado Novo, a prisão de Prestes, a morte da mãe Leocádia, o cotidiano de Prestes e a sua liberdade em 1945, o apoio de Prestes a Getúlio, o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), a atuação do governo Vargas, o PCB e a legalidade, O comício de Pacaembu e as eleições de 1946, o encontro com a filha Anita, a ilegalidade do PCB e a caça aos comunistas em 1946.

O 4º bloco, a sombra, tem como estrutura fílmica contar o contexto dos anos 50, o Prestes e o fim da era Stalin, o lançamento do Manifesto de Agosto, O casamento com Maria, o impacto dos relatórios do Congresso liderado por Kruschev. O 5º bloco, a maturidade, situa-se o expectador aos governos Juscelino Kubitscheck, Jânio Quadros e João Goulart e as influências do PCB, a inauguração de Brasília, o polêmico Jânio Quadros, o plebiscito de 62, a crise institucional no Brasil, a instabilidade e o pré-64, o golpe de 64, a apreensão dos bens de Prestes, Prestes e a nova família, a repressão aos estudantes, mortes, tortura e a luta armada, a copa de 70 e a esquerda fragmentada, o exílio de Prestes na Rússia, a anistia e o 6º bloco, resto dos anos, apresenta a vida em Moscou e a justificativa de Prestes como um pai ausente, a Anistia e o seu desligamento do PCB, a campanha de 89 e a defesa do comunismo no Brasil, a sua morte, em maio de 1990, para narrar a trajetória biográfica de Luís Carlos Prestes em 110 minutos.
           
O documentário “o velho” é um documento histórico em audiovisual. Nele podemos ver depoimentos de Prestes, reportagens de épocas, a fala e comentário de especialistas, ex-militantes sobre determinados processos históricos, além de familiares que falavam da convivência com o líder comunista, eles o apresentam de forma íntima tentando apresentar o seu lado familiar. O documentário apresenta ao público as várias forças políticas ideológicas e sociais, que tiveram influência na trajetória política do líder comunista e que sempre estiveram em conflito no país durante o século XX, assim podemos encontrar nessa produção cinematográfica uma enorme variedade de informações, que além de gerar fascínio, desperta a curiosidade de estudar, conhecer, e saber mais sobre o comunismo e sua relação com a história no Brasil.

O uso das imagens como representação do fato é presente no documentário “o velho”, para demonstrar a atuação de Prestes e sua relação com a História do Brasil. O argumento central do filme é que Luís Carlos Prestes participou das lutas democráticas do povo brasileiro e junto com o PCB lutou pela democracia no Brasil, os processos históricos em que fica evidente esse posicionamento dos produtores culturais são: a prisão de Olga Benário e Prestes após a tentativa frustrada do movimento comunista de 1935 e a luta pela redemocratização em 1979, com o processo de Anistia.

O documentário possui diversas linguagens, como: a imagética (fotos, filmes de época, pinturas, esculturas, estatuas), a sonora (sons, tiroteios, musicas de época, músicas de campanhas eleitorais), a escrita (cartas, panfletos, manifestos, jornais, mapas, faixas, cartazes), a literária (poemas, mito do Prestes como Cavaleiro da Esperança), a cinematográfica (jardins, futebol, relação família e Prestes), a memorialística (família, mulher, ex- detentos,a do membro do partido comunista, de pessoas que viveram no período da ditadura militar). Há também o debate dos processos históricos com os historiadores, como: Jacob Gorender, Yuri Prestes, Marly Vianna, este aspecto do filme é interessante, pois, o professor pode destacar em sala de aula que o filme faz um diálogo com a historiografia, cria uma narrativa histórica para a História só que não pela ótica dos historiadores, mas dos produtores culturais demonstrando para o aluno que o passado pode ser “contado” por diversas óticas, que não é um território exclusivo do historiador/professor de História.

Ao definir como narrativa do filme a trajetória pessoal de Prestes e a História do Brasil, o cineasta do filme e o diretor optaram por criar uma “abordagem didática por considerarem o Brasil um país sem memória” (FONSECA, p.35, 2008), o que pode ser interessante para uso em sala de aula, ou seja, a narrativa criada a partir da biografia de Prestes, para narrar os seus 70 anos em relação aos acontecimentos políticos da História do Brasil vêm ao público “informar” aquilo que ele não possui, ou seja, a memória.  As disputas pelas memórias de Prestes são o tempo todo dialogada no filme, no entanto, os produtores culturais não tem a dimensão deste aspecto.

O documentário “O velho” ao ser apresentado em sala de aula abre possibilidade de discutir, a história do tempo presente, um conceito utilizado pela historiografia contemporânea, que ainda encontra uma determinada resistência no ensino de História. O historiador do tempo presente parece ter conseguido superar os entraves da limitação à investigação histórica, quando procura através dos depoimentos orais uma opção de interpretar e entender a narrativa sobre o passado. Para o historiador Eric Hobsbawm (2011, p.244), a história do tempo presente é definida como “a história do nosso próprio tempo”, ou ainda,como comenta Chartier (2006, p.201) é aquele que é contemporâneo do seu objeto e, portanto partilha com aqueles cuja história ele narra as mesmas categorias essenciais, as mesmas referências fundamentais.

O que se busca no ensino-aprendizagem em História é a consciência histórica, onde o presente dá sentido ao estudo do passado muito distante do aluno (PEREIRA, 2007, p. 157). O professor ao utilizar determinado método mostra apenas um caminho para ter acesso à aprendizagem, ou seja, o recurso didático é apenas um mecanismo de acesso ao conhecimento do passado. O estudo do presente na sala de aula permite com que o aluno compreenda o conteúdo ministrado pelo professor e os estudantes são levados a pensar que não existe uma verdade histórica.

Trata-se de pensar o documentário como um documento histórico, que pode ser inserido dentro de uma discussão historiográfica, ao compreender que os produtores culturais têm a partir do uso da linguagem cinematográfica uma leitura do Brasil, pois, como produto de uma época ele expressa valores. A linguagem cinematográfica deve ser analisada pelo historiador que tenta observar a maneira como o tema foi abordado, como foram concebidos os recursos visuais de um determinado processo histórico, quais as linguagens, as técnicas e os estilos que marcam o filme, de que forma o filme dialoga com outros suportes de divulgação de imagens que lhe são contemporâneos.

Nesse sentido é importante fazer uma reflexão sobre a forma como o filme representa determinado processo histórico, dialogando, criticando, adensando outros documentos históricos correlatos ao tema tratado pelo filme, o professor de História ao apresentar o filme aos alunos faz o diálogo com a historiografia do tema, isto é essencial para demonstrar que o trabalho do historiador é seletivo, e depende do olhar deste sobre as fontes que analisa.
           
Os temas abordados pelo documentário “o velho” permite que o professor de História faça “um passeio” pela História do Brasil republicano. Uma oportunidade para que o aluno perceba que assim como o livro didático é feito a partir de uma seleção, com diversos documentos e também com a exclusão de outros, o produtor cultural utiliza-se da mesma metodologia para construir a sua narrativa fílmica. É importante este aspecto, pois, nos leva a conclusão de que a História não é uma ciência que fica por conta do passado, ela se refaz no devir do tempo, sendo composta de moradas provisórias (BEDARIDA apud FERREIRA,2012, p. 345). O historiador em seu tempo reinventa o passado e escreve a História a partir de suas fontes sejam elas escritas, orais, iconográficas, etc. Assim, a professora Selva Fonseca (2010, p.31), nos lembra de que o professor de História “nesse universo de ampliação de temas, problemas e fontes, deve estar atentos para o fato de que ninguém poderá aprender nem ensinar tudo de tudo, o trabalho de selecionar é uma exigência permanente, e, nele, a figura do professor possui enorme importância”. O papel do documentário nesse contexto do ensino de História possui relevância, quando leva o aluno a problematizar o conhecimento histórico e a fazer com que o professor de História apresente uma perspectiva diferente para o saber histórico escolar.

Referências
CHARTIE, Roger. A visão do historiador modernista. In: Amado, Janaína; Ferreira, Marieta. Usos e abusos da história oral. Editora FGV: Rio de Janeiro, 2006.
FONSECA, Selva Guimarães; SILVA, Marcos. Ensino de História hoje: errâncias, conquistas e perdas. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 31, nº 60, p. 13-33 – 2010.
FONSECA, Vitória Azevedo. O cinema na História e a História no cinema: pesquisa e criação em três experiências cinematográficas no Brasil dos anos 1990. UFF: Niterói, 2008. [tese].
FERREIRA, Marieta. Demandas Sociais e história do tempo presente. In: Varella, Flávia (org.). Tempo presente & usos do passado. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012.
PEREIRA, Nilton Mullet. O Ensino de História e o presente. Ágora, Santa Cruz do Sul, v. 13, n. 1, p. 151-166, jan./jun. 2007.
HOBSBAWM, Eric. O presente como história. In: Sobre História. Rio de Janeiro: Editora Companhia das Letras, 2011.
________________. O breve século XX: a era dos extremos (1914-1991). Rio de Janeiro: Editora Companhia das Letras, 1995.


8 comentários:

  1. Muito interessante este trabalho. Incrível unir filmes e história. Ainda mais de um personagem tão emblemático como Luís Carlos Prestes. É possível trabalhar este conteúdo com o Ensino Médio? Ou somente na graduação?

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    1. Oi, Fabiola Araújo desde já agradecemos pela leitura do texto. Sim, consideramos que o documentário é possível de ser trabalhado no Ensino Médio de diversas formas, por exemplo, em uma aula inaugural no 3º ano, quando o professor apresenta os conteúdos a serem ministrados durante o ano letivo, podendo a partir de o documentário problematizar determinados pontos da História do Brasil, assim motivar o aluno a ter interesse por estudar o século XX. O documentário também pode ser utilizado em sala de aula de forma recortada, a produção fílmica permite fazer isto, haja vista que os processos históricos estão assim inseridos em 5 blocos (a inocência, a coragem, a esperança, a sombra e a imaturidade). Publicamos o artigo “O velho: A História de Luís Carlos Prestes e o Ensino de História do Brasil Republicano”, que está disponível na internet voltado para os professores de História, demonstrando metodologicamente como o documentário “o velho” pode ser um instrumento interessante no ensino de História do Brasil.
      Abraços.
      Edilza Fontes/ Davison Alves.

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  2. Ensinar história através de filmes de documentários é muito produtivo. E ainda mais interessante é que em alguns documentários o narrador vivenciou acontecimentos da ápoca e está presente nos nossos dias atuais, deixando os alunos ainda mais curiosos. Você acredita nessa justificativa?

    Sirlene Pio

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    1. Sirlene Pio, agradecemos você pela leitura do texto. O uso de documentários no processo de ensino-aprendizagem em História é algo muito riquíssimo, pois, queremos deixar claro para o aluno que o discurso sobre o passado, modifica-se de acordo com as evidências que temos sobre ele, ou seja, a nossa intenção em sala de aula é demonstrar que o produtor cultural possui uma dada leitura do passado, assim como o professor de História também, queremos debater a seguinte questão: o professor de História a partir da escolha de determinadas fontes faz este exercício de interpretar do passado, ele juntamente com o aluno constrói o conhecimento histórico em sala de aula. O filme “o velho” permite que o professor debata temas como a memória e democracia, por exemplo, conceitos como o de história do tempo presente, Estado, etc. Leve o aluno a problematizar determinados processos históricos que estão presentes no livro didático de forma consagrada na memória social, que não permite espaços para outras versões do passado, partimos do pressuposto que o documentário pode além de dinamizar a aula, suscita outras questões sobre determinado conteúdo. Fazer com que os alunos pensem sobre a relação passado e presente no documentário é algo muito interessante, por exemplo, para Luís Carlos Prestes os acontecimentos da Coluna Prestes à época estavam vivas em suas memórias e portanto, era considerado algo presente para ele porque vivenciou, para os alunos do Ensino Médio este é um acontecimento do passado, perceber estas perspectivas na temporalidade, faz com que nós possamos em sala de aula a partir do documentário debater o conceito-chave muito presente entre nossos alunos em sala de aula, ou seja, sobre o que é a História?
      Abraços
      Edilza Fontes/ Davison Alves.

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  3. Nas palavras de Fontes e Alves, os filmes/documentários no Ensino de História só possui relevância, quando leva o aluno a problematizar o conhecimento histórico e a fazer com que o professor de História apresente uma perspectiva diferente para o saber histórico escolar.
    Desta forma, lembramos ainda, que o professor deverá ir além das dimensões: estético-formal, político-sociológica e realidade social. O professor deverá traçar alguns pressupostos como por exemplo: fazer um planejamento prévio que tenha clareza quanto aos objetivos relativos à utilização do filme/documentário; Decidir se será utilizado na integra ou apenas alguns trechos selecionados; Definir qual a relação entre o filme e os conteúdos que estão sendo trabalhados em sala de aulas ; Apresentar quais elementos principais devem ser destacados antes, durante e depois do filme/documentário; Preparar materiais midiáticos/ didáticos de apoio ao filme/documentário entre outros.

    Pergunta: Dos pressupostos já elencados, que outros poderiam ser elencados para dar suporte ao planejamento do conteúdo, do professor de história?

    Marcianita Siqueira Bine
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    1. Marcianita Siqueira Bine, obrigado pela leitura do nosso texto. Consideramos válidos os pressupostos que você elencou sobre o uso de documentários/filmes em sala de aula, no entanto, elegemos como central para este texto pela quantidade de páginas, perceber os usos e potencialidades que o documentário “o velho” possui para o professor de História ensinar História do Brasil, isto não quer dizer que os pressupostos que você levantou estão sendo desconsiderados em nossas análises. Podemos também elencar como um pressuposto importante o seguinte: Qual o significado que o documentário possui como um testemunho histórico em relação a determinado tema, perceber o que este documentário acrescentará para aula de História? Haja vista, que os documentários são, também, construções como a história, e, portanto incorporam sempre uma motivação do presente. Entendemos que para fazer isto, os professores antes da exibição do documentário deverá fazer uma apresentação do conteúdo a ser ministrado.

      Abraços.

      Edilza Fontes/ Davison Alves

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  4. Simone Rita Castagna15 de maio de 2015 às 08:47

    Como seria na aula de História com a abordagens alguns temas da História que foram feitos em documentário e também poderia ter alguns temas mais recentes que fala sobre Politicas,como foi a primeira eleição diretas ,como surgi o o crescimento do Brasil e como consegui ser um País que saiu da ditadura por isso que deveria ter mais documentários para que os alunos comprem deses mais . O que você acharia disso? Sera que os alunos interessaria mais ? Simone Rita Castagna

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    1. Simone Rita Castagna agradecemos pela leitura do nosso texto. Consideramos que o uso de documentário/filme no ensino de História auxilia o professor de História em sala de aula, despertando a atenção do aluno para determinados temas, pois, o discurso do livro didático em relação à História do Brasil republicano apresenta os eventos ainda de forma muito factual, com determinados acontecimentos consagrados pela historiografia didática tradicional. Percebemos isto quando o livro didático ainda apresenta o Brasil Republicano, como uma sucessão de governos presidenciais evidenciando principalmente aspectos políticos e econômicos da História do Brasil. O documentário pode ser um excelente contraponto a esse determinado discurso do livro didático, perceber que a sociedade, por exemplo, como um sujeito histórico participou e participa das lutas democráticas do povo brasileiro. O documentário “o velho” tenta demonstrar que Luís Carlos Prestes participou das lutas democráticas, que sua história tem relação com a História do Brasil, e isto aparece de diversas formas do documentário seja na luta contra o governo Arthur Bernades nos anos 20, seja na ditadura Vargas em 37 ou durante o período da ditadura militar. Fazer esse exercício com os alunos, ou seja, ir além dos acontecimentos, datas e grandes personagens da História é uma coisa muito interessante que o filme nos faz pensar.
      Abraços.

      Edilza Fontes/ Davison Alves.

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