O CINEMA NO ENSINO DE
HISTÓRIA
Raquel de Medeiros Deliberador
UEL
Vivemos
em uma cultura dinâmica e muito visual. O cinema, que se iniciava no século XIX
como um fenômeno capaz de reproduzir imagens em movimento e captar cenas do
cotidiano, como a chegada de um trem na plataforma – a primeira exibição do
cinematógrafo realizada pelos irmãos Lumière em 1895 – aos poucos foi se
tornando um meio de produzir histórias ficcionais, como a produção Viagem à Lua
(Le Voyage dans La Lune), 1902, do
ilusionista e cinegrafista Georges Méliès. A possibilidade de criar cenários e
enredos permitiu aos cineastas um deslocamento temporal, representando um
ambiente futurista ou o passado. E, assim, grandes épocas e eventos históricos.
O que permite um excelente material para o ensino, se bem trabalhado.
Hoje,
nos deparamos com milhares de produções, as quais propagam muitas “verdades”,
ideologias e estereótipos que são absorvidas pelos espectadores. E que podem se
tornar “dificultadores da aprendizagem” ou “facilitadores da aprendizagem”, de
acordo com Lana Mara de Castro Siman em “O Papel dos Mediadores Culturais e da Ação Mediadora do Professor no
Processo de Construção do Conhecimento Histórico pelos Alunos”. Ao assistirem
os filmes os alunos vão formular um pensamento e desenvolver um raciocínio
relacionados à História, em cima do que assistiram. Por exemplo, a animação
francesa “Asterix e os Vikings”, de 2006, está carregada de estereótipos em cima
da figura dos bárbaros, como, os vikings sendo representados utilizando
capacetes com chifres, algo muito recorrente e presente no imaginário em torno
desses personagens, mas que não corresponde aos estudos históricos sobre esse
povo.
Cabe
ao professor de história a desconstrução desses sensos comuns, propagado de
diversas formas (animações, ilustrações, filmes, tirinhas, etc.) e reconstrução
de um conhecimento histórico. Mas, para essa reconstrução ser possível, de
acordo com Lana Mara Siman (2004), essa construção prévia pelos alunos é
necessária.
E
o cinema, visto como um mediador cultural, possibilitaria essa construção de
conhecimento prévios dos alunos, através do desenvolvimento de imagens que
permitem uma ideia de reconstrução no sentido de levar o aluno a imaginar o não
vivido diretamente. Mas, não no sentido de ressurreição histórica como
acreditavam alguns dos primeiros teóricos sobre o uso do cinema no ensino.
Graças ao cinematographo, as ressurreições históricas não são mais uma utopia. O curso ideal fora uma serie de projecções bem coordenadas, o cinema ao serviço da história – immenso gaudio e lucro incauculável dos alumnos. (SERRANO Apud SCHMIDT, Apud SOUZA, 2012).
O
professor de história deve buscar formar alunos capazes de racionar de forma
histórica e crítica. Para Vygotsky o professor deve, também, impulsionar o
desenvolvimento cognitivo do aluno, já que para ele a aprendizagem é um
processo histórico-social e que é mediado pela cultura. O professor, deveria
então ser um mediador que instiga o aluno se utilizar de seus conhecimentos,
memória, imaginação para chegar a inteligibilidade. E ela [a inteligibilidade]
dos fenômenos e evidências vai ajudar o aluno a chegar ao pensamento central da
‘lógica histórica’ (cf. SIMANS, 2004).
Propostas
de trabalho com o cinema em sala de aula, apresentados no texto de Éder
Cristiano de Souza, “O Uso do Cinema no
Ensino de História: Propostas Recorrentes, Dimensões
Teóricas e Perspectivas da Educação Histórica”, de 2012, articulam com o
professor como mediador de análises fílmicas juntamente com os alunos “como
orientador de um processo em que o filme se torna objeto de reflexão e estudos”
(SOUZA, 2012, p. 81).
Nesse caso, o foco central está na possibilidade do professor estabelecer um trabalho que alie o conhecimento histórico trabalhado em aula com a análise das dimensões temporais envolvidas na produção fílmica. (SOUZA, 2012, pp. 81 - 82).
Desta
forma, o professor mediador poderia trabalhar com os alunos o filme como um
documento histórico. Para isso, deve propor e realizar observações que os
estimulem, instiguem e os levem a pensar de uma forma crítica em relação a esse
filme. Primeiramente poderia ser observado como se dá a representação em si,
pensar nos cenários, vestimenta e caracterização dos personagens, os objetos,
entre outras coisas. E para essa análise pode-se utilizar de comparações e
analogias para que os alunos possam partir de uma situação mais próxima, do
conhecido, para aprender o não conhecido. Utilizando, novamente, o filme
“Asterix contra os Vikings” que apresenta
detalhes cotidianos da vida de uma aldeia nórdica, com residências bem
caracterizadas, “fielmente inspiradas nas ‘casas longas’ recuperadas pela
Arqueologia e que foram reconstruídas em museus a céu aberto em vários locais
da Europa Setentrional” (LANGER, 2006, p. 268).
O
professor mediador ao incentivar a observação dos alunos no cenário da
animação, e depois em um momento de discussão de atividade com eles transpor
essa informação do estudo arqueológico por trás desse cenário possibilitará ao
aluno buscar uma relação entre o passado e presente, ao comparar, a diferença
nas casas que encontra hoje e na representada no filme.
Diferente
da pesquisa e busca pela fidelidade arqueológica encontrada nas casas do
desenho, o enredo realiza uma mescla de temporalidade, ao retratar os gauleses
da Gália dos tempos de Júlio César (século I a.C.) e a Escandinávia Viking
(séculos VIII a X d.C.) juntos. Novamente, é necessária a figura do professor
para demonstrar esse descompromisso com a verdade que os filmes tem, e que
portanto, não retratam uma “verdade”.
Outras
questões referentes ao filme como um documento, e produto de seu tempo devem
ser abordadas.
Quem produziu o filme? Quando e onde foi produzindo? O que diz (ou não diz) o filme? Para que / quem produziu?”, e com este segmento de questões defende a ideia de que “[...] o educador (deve) assumir uma postura que compreende um conjunto de aptidões voltadas aos métodos de construção do conhecimento, socializando esses saberes num processo contínuo de ensino e aprendizagem (AQUINO Apud SOUZA, 2012. p. 82).
Além de
tratado como um documento, o filme pode servir como apoio para ilustrar os
Vikings (vida e cultura). Para serem observadas a releituras desses povos –
observando, em especial, os estereótipos. Levantar discussões sobre
alguns conceitos como os de civilização e barbárie, identidade e alteridade.
Refletir sobre a obra de arte (no caso tanto os quadrinhos como os filmes) e
sua relação com a sociedade, as intencionalidades do artista, e seu ponto de
vista, a mídia, o mercado de consumo e a História. O mais importante é a
compreensão de que o filme nada mais é do que uma representação que demonstra
quais possíveis visões atuais existem sobre esse tempo, e povo representado.
Servindo, também, como uma forma de notarmos nossa Identidade a partir da
alteridade com que esse universo e personagens são retratados. Levando em conta
essas observações em relação ao uso do cinema em sala de aula é possível
proporcionar aos alunos uma aula dinâmica, e uma metodologia para ser aplicadas
em outros filmes ou tipos de documento cultural despertando o senso crítico
desses estudantes.
REFERÊNCIAS
LANGER, J. A volta
dos bárbaros: Asterix e os Vikings no cinema e na HQ. História, Imagem e Narrativas, v. 03, p. 267-274, 2006. Disponível
em:
SIMAN,
Lana Mara de Castro. O papel dos mediadores culturais e da ação mediadora do
professor no processo de construção do conhecimento histórico pelos alunos. In:
ZARTH, Paulo A. e outros (orgs.). Ensino
de História e Educação. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 2004.
SOUZA,
Éder Cristiano. O uso do cinema do ensino de história: propostas recorrentes,
dimensões teóricas e perspectivas da educação histórica. In: Revista Escritas, v. 4, 2002, p. 70-93.
Disponível em
PERGUNTAS
Gostaria de saber opiniões e estratégias de como se trabalhar com filmes na sala de aula com poucas aulas de história e com 50min (em média) de aula? por Aline Domingues
A carga horária para a disciplina realmente não colabora muito para a utilização de longas metragens, uma alternativa mais simplista para o problema do tempo curto seria a utilização de curtas metragens, o que permitirá assistir o filme todo e iniciar as discussões dentro dos 50 minutos de uma aula. Mas, não é necessário que a análise se baseie no filme todo, alguns autores, inclusive, sugerem a prática de recortes, ou seja, escolher determinadas cenas.
No caso do trabalho com cenas especificas é interessante a comparação dela com outros tipos de documentos históricos, assim os alunos podem observar a diferença na linguagem e discurso. A comparação ajudaria a desconstruir a ideia de "verdade" presente nos filmes, e noções históricas que eles propagam. Para Souza (2002) - autor citado no meu texto - e Marc Ferro em "Cinema e História" (2010) os filmes estão ligados ao seu contexto de produção, portanto, essa é uma questão interessante a ser abordada também.
O filme deve ser analisado considerando a particularidade de sua linguagem, ou seja, pensar nas imagens, planos e composições, sequências, diálogo e narração, e até trilha sonora. Esses elementos ajudarão a compor o discurso que ele apresenta sobre determinado tema, e a compreender o que um filme diz e como o diz.
Segue a referencia de um texto que pode ajudar a como trabalhar com o cinema (além dos já citados):
NAPOLITANO, Marcos. Fontes audiovisuais: a historia depois do papel. In: PINSKI, Carla (org.). Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2005, pp. 235-300.
PERGUNTAS
Ola Raquel, gostei do seu texto. O cinema atrai o publico de todas as
idades. Qual o seu pensamento sobre a realização de um curta sugerido
como atividade aos alunos? Abordando temas históricos, aproximando
teatro, fotografia, musica e a manipulação de equipamentos como editor
de videos. Abraços Cristina Pastore
Olá Cristina, obrigada.
Bom, a realização de um curta é uma atividade muito interessante, mas que demanda tempo e muito trabalho.
Para que o potencial dessa atividade seja bem aproveitado seria interessante realizar como uma atividade multidisciplinar,
por exemplo: unir o roteiro com a disciplina de português, e a produção em geral com a de Artes. Para a produção, na parte técnica (tanto na captação como na edição) vale tentar entrar em contato com alguma instituição que realize oficinas de produção de vídeos, ou buscar por projetos de extensão em universidades, pode render uma boa parceria.
As discussões que abordo no meu texto, sobre como analisar um filme e seu discurso, podem ser levantadas durante a produção, onde os alunos terão que pensar seu próprio discurso e como expressa-lo dentro da linguagem cinematográfica. Assim facilitaria a compreensão deles sobre a intencionalidade nos filmes, já que estariam pondo em prática.
Tem alguma ideia de como seria essa atividade? Quais equipamentos e recursos utilizar, etc?
Ola Raquel, gostei do seu texto. O cinema atrai o publico de todas as idades. Qual o seu pensamento sobre a realização de um curta sugerido como atividade aos alunos? Abordando temas históricos, aproximando teatro, fotografia, musica e a manipulação de equipamentos como editor de videos. Abraços
ResponderExcluirCristina
Ola Cristina, sua pergunta já havia sido respondida. Está logo abaixo do texto (antes dos comentários).
ExcluirO recurso filmico, usado em sala de aula pode em muito auxiliar o trabalho do docente, mediante que suas imagens podem facilitar o entendimento diante dos discentes, mas hoje vivemos meio que presos a um currículo escolar, e as vezes somos questionados pela direção da escola em cumprir, como ministrar tal atividade em sala em um curto espaço de tempo, pois a maioria das aulas tem em media 50 min, na sua experiência como você utiliza tal recurso.
ResponderExcluirOi, Fabiano, acredito que essa pergunta pode ter sido respondida anteriormente, dá uma olhada lá pra cima quando ainda não entravam como comentários.
ExcluirMas de uma forma um pouco mais reduzida, sugeria anteriormente duas opções:
1 - Trabalhar com curta metragens
2 - Recorte do filme, ou seja, escolher algumas cenas que considerar mais importante para as discussões. O que permitiria até comparar mais de um filme ou tipos diferentes de documentos históricos.
Uma terceira opção, é passar como atividade para a casa assistir ao filme e retomar ele em sala, mas para retomar seria interessante, também, escolher os principais trechos e passar eles em sala.
Qual a sua opinião sobre os filmes na aula de história para o desenvolvimento do conhecimento históricos dos alunos? Você acredita que hoje filmes ou documentários poderiam ser uma melhor forma de explicar e buscar atenção dos alunos para relacionar o passado? Patricia Tatara da Silva.
ResponderExcluirAcredito que os filmes e documentários são ótimos recursos para serem utilizados, mas não sei se a melhor. Na realidade, acho que depende muito de como serão trabalhados e também da participação dos alunos nas atividades. Por fim, creio que o filme possui um ótimo potencial, mas que ele por si só não tem validade, assim como um material didático mal trabalhado acaba sendo ineficiente. Creio que o mais importante não é o recurso, a ferramenta ou o documento, mas sim a forma como é utilizado, as problemáticas e discussões que podem ser levantadas através deles.
ExcluirOs filmes normalmente tem dduração maior do que uma aula. Deste modo, pode-se utilizar apenas um trecho do filme?
ResponderExcluirDaniela Aparecida da Silva
de acordo com o assunto abordado pode ser trabalhado sim fragmentos de filmes desde que se tenha cuidado para não fugir do assunto.
ExcluirMarlene Gomes de Oliveira
Obrigada, Marlene!
ExcluirRealmente é importante esse cuidado para não fugir do assunto, ou o fragmento ficar muito "aleatório", "solto". Mas, também vale pensar que utilizar só um trecho, ou recortes, permite que se trabalhe de uma forma mais aprofundada com filmes, analisando mais aspectos, o que com o filme inteiro seria mais difícil. E vale ressaltar que são produzidos muito curtas metragens interessantes, e que resolveriam a questão do tempo.
Ola Raquel.Tudo bem?
ResponderExcluirMuito bom o seu texto,excelente mesmo.
Apreciei todos os seus comentários,dicas,sugestoes e argumentos sobre o uso deste recurso fascinante:o cinema.
Estudo Historia e em aula ,meus professores fazem uso de filmes:1492 A Conquista do Paraiso,Apocalipto,Tempos Modernos e outros que assistimos e produzimos resenhas/criticas.
Apoio seu texto,porem permita-me perguntar:
No paragrafo que cita "construção de conhecimento prévios dos alunos",,seria útil estudar em aula sobre a temática histórica e so depois fazer uso de um filme sobre o assunto?Ou faz uso do filme e somente após desconstrói as inexatidões?
No paragrafo que cita "trabalhar com os alunos o filme como um documento histórico", não entra em desacordo com o que se diz em outro trecho sobre "o descompromisso com a verdade que os filmes tem"?
Ao se referir a filme como documento histórico ,faz se bem explicar exatamente o que esse termo significa?
Desde já agradeço humildemente pelas respostas e reafirmo minha apreciação pelo seu texto.
Wander Alexandre Araújo Miranda . Bauru-SP
Obrigada, Wander.
ExcluirAlguns teóricos colocam o cinema como uma forma de "escola paralela", assim esses conhecimentos prévios dos alunos muitas vezes são formados antes do assunto ser abordado em sala de aula. Ao iniciar um conteúdo é válido tentar perceber como estão esses conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema. Acaba tendo um sentindo um pouco diferente ao que colocou na pergunta. Mas, acredito que as duas formas podem ser utilizadas - tanto iniciar o conteúdo com o filme como utilizar o filme depois - o importante é que o filme seja discutido em sala e que os alunos o percebam como um documento histórico, e possam desenvolver uma posição crítica sobre ele. Desta forma, acredito que sim, é importante que os alunos entendam um documento, para poderem levantar suas problemáticas, entender que existe um discurso e uma visão histórica por trás dele, e que está cheio de intenções, entre outras coisas.
Sobre a impressão de desacordo que compreender o filme e seu descompromisso com a verdade, posso responder me baseando em Marc Ferro que - em termos gerais - defende que o imaginário do homem é tão história quanto a História. Ou seja, o enredo ou as "não verdades" dos filmes é parte de um contexto histórico e é agregado de historicidade. Portanto, ele possui um valor como documento histórico. Por outro lado, cabe pensar nos outros documentos que utilizamos, uma carta, uma pintura, uma foto, ou um documento oficial por exemplo, geralmente eles tem mais compromisso com seu próprio discurso do que com a verdade. Vale pensar em fotografias documentais, muitas das fotos tiradas da guerra de secessão dos Estados Unidos foram alteradas, por exemplo, colocando homens deitados em campos de batalha para que parecesse que o número de mortos era maior, ou seja, o descompromisso com a verdade nesse caso é nítido. Mas isso não tira a validade dessas fotografias como documento. Podemos nos questionar qual o motivo do fotografo ter alterado essa cena, entre outras coisas.
Wander, creio que os trechos "trabalhar com os alunos o filme como um documento histórico", entra sim em desacordo com o !descompromisso com a verdade que os filmes tem". Entretanto, creio que a Raquel quis dizer tem a ver no primeiro trecho com a validade do filme como fonte histórica e no segundo trecho para estarmos atentos com o caráter ficcional das obras de arte.
ExcluirWander, concordo com o que o Rafael disse. Devemos sempre destacar para nossos alunos que os filmes históricos não têm o compromisso de ser espelho da realidade (até porque já sabemos que não como reconstruir o passado), mas podem sim ser trabalhados como fontes históricas tanto na pesquisa quanto no ensino.
ExcluirOla professora e colegas.
ExcluirVoces me ajudaram muito,muito mesmo.Ja salvei e imprimi as respostas e quando utilizar a metodologia proposta ,irei ler tudo novamente para dar o melhor de mim para ajudar meus alunos.
Parabens a voces,historiadores Raquel,Rafael e Rebeca
Wander Alexandre Araujo Miranda
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Raquel, legal teu parecer mas o perigo de se trabalhar com pequenos fragmentos ou seja pequenos trechos de filmes é que pode levar o telespectador a interpretação de forma que venha distorcer o assunto proposto e o filme inteiro o professor não corre este risco, o telespectador não tem como fugir do tema proposto. Todos vão pensar em uma mesma linha, sem ter o perigo da distorção.
ExcluirOlá Raquel, parabéns pelo seu artigo, é muito interessante. Durante a leitura do texto, eu lembrei que os filmes, normalmente, "fantasiam" um pouco, ou acrescentam fatos que não ocorreram. De que maneira seria possível fazer com o que o aluno aproveite realmente o que há de bom nos filmes?
ResponderExcluirObrigada, Letícia Mello
Gostei muito de seu texto Raquel, é interessante analisar a questão do cinema no Ensino tanto de História como em qualquer disciplina, mas como você mesmo menciona no texto, eles estão cheios de estereótipos, e isso confunde muito a cabeça dos alunos, pois no filme apresenta um assunto todo maquiado, cheio de fantasias, que na realidade da História aquilo não existiu, mas é uma forma de prender o aluno e fazê-lo se interessar pelo assunto, e o professor trabalhar o censo crítico do aluno,
ResponderExcluirmostrando a verdadeira História por traz dos filmes.
Luciana Chagas Madeira
“O mais importante é a compreensão de que o filme nada mais é do que uma representação que demonstra quais possíveis visões atuais existem sobre esse tempo, e povo representado. Servindo, também, como uma forma de notarmos nossa Identidade a partir da alteridade com que esse universo e personagens são retratados. Levando em conta essas observações em relação ao uso do cinema em sala de aula é possível proporcionar aos alunos uma aula dinâmica, e uma metodologia para ser aplicadas em outros filmes ou tipos de documento cultural despertando o senso crítico desses estudantes”.
ResponderExcluirConcordo que a utilização do cinema, bem como de outras formas como música e fotos enriquecem o ensino-aprendizagem e levam a um repensar da história quando inserida a discussão dos fatos atuais vivenciados pelos nossos alunos que de certa forma também traduzem na história momentos importantes e fácil identificação com fatos narrados historicamente, principalmente através do cinema. No entanto me pergunto, será que realmente estamos preparados como profissionais para o despertar deste senso crítico nos estudantes, como referido no trecho do texto acima?
Geraldinéia Aparecida Santos
ResponderExcluirVera Lucia Dourado Vieira
Raquel,
O cinema está diretamente muito ligado com a visão de mundo. Pessoas, fatos históricos e acontecimentos em geral, tudo o que acontece é retratado em filmes, fazendo com que os mesmos sejam reproduzidos no imaginário dos cinéfilos. Assim, muito da percepção que a história nos trás, talvez seja marcada pelo contato que tivemos e ou temos com as imagens cinematográficas.
Desta forma, podemos dizer que o filme seja um elo de reconstrução histórica através dos tempos? Seja em que dimensão for?
Olá Raquel Parabéns. Gostaria que você aborda-se sobre a desconstrução dos filmes. quais elementos ou sequencia didática poderia ser proposta?
ResponderExcluirVerdade Raquel gostaria também, que tipo de didática e qual você proporia?
ResponderExcluirMarlene Gomes de Oliveira
No ensino de história é importante que nossos alunos aprendam na escola a analisar filmes e suas relações com a história.Quais os critérios que devemos utilizar para selecionar os filmes de acordo coma faixa etária da turma?
ResponderExcluirMarli Aparecida Sturion
DANIELE ANDRADE GUAREZI
ResponderExcluirOlá Raquel. Muito bom seu texto.
Minha colocação é a seguinte. Como você comentou, é muito comum nos filmes de história aparecer cenas que distorcem, ou que não mostram uma realidade como ela realmente foi. No caso, com alunos maiores, isso não será um problema, pois pode ser desconstruido isso com explicações sobre o fato. Agora com alunos menores, que costumam levar tudo ao "pé da letra", qual seria a melhor opção: mostrar somente as partes do filme que vai interessar para o conteúdo, ou usar uma dinâmica diferente para faze-los entender que nem tudo que está no filme é o que realmente aconteceu?
Olá Raquel gostei muito do seu artigo, mas continuo defendendo, que trabalhar com pequenos trechos de filmes o professor corre o risco do aluno distorcer o tema proposto ao passo que o filme inteiro, o aluno dificilmente mudará de assunto. Ele vai desenvolver o tema proposto.
ResponderExcluirMarlene Gomes de Oliveira
Marlene, eu acredito que é possível sim trabalhar com trechos de filmes desde que o professor saiba como trabalhar e contextualizar. Se ele optar por apenas passar os trechos alearoriamente, com certeza o trabalho não sera efetivo. Deve existir problematização, trabalho crítico, etc.
ExcluirPelo contrário, acredito que trabalhar com o filme inteiro pode até atrapalhar em alguns casos, pois os alunos com certeza prestarão mais atenção a trechos de guerras, por exemplo (que com certeza chamam mais atenção que outros trechos), e se o foco do professor não é se atentar para aquele trecho, a sala pode se dispersar. Acredito que tudo depende do objetivo do professor e da escolha correta do filme.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirProfª Raquel,
ResponderExcluirRealmente, não podemos de deixar de salientar que o gênero filme é uma importante ferramenta para o ensino-aprendizagem do nosso educando. Quero acrescentar mais algumas sugestões que além, de fazer leituras, levantar discussões e reflexão sobre os conteúdos já mencionados no texto, podemos ainda, explorar alguns conteúdos como:
- Comparar problemáticas atuais com o abordado nas aulas;
- Demonstrar o tempo histórico como duração.
- Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de naturezas diversas.
- Produzir textos analíticos e interpretativos sobre este processo histórico entre outros.
Diante deste contexto é possível, também, trabalhar os conteúdos sugeridos dentro do gênero filme?
Marcianita Siqueira Bine