UM BREVE ENSAIO SOBRE EDUCAÇÃO EM HISTÓRIA. CONCEITOS
E METODOLOGIAS NA TEMÁTICA DA GUERRA FRIA
Valéria Becher
UNESPAR
Para
se trabalhar em sala de aula dando aulas de História é necessário ter uma formação
adequada no campo da mesma, além de sua própria concepção de História, pois,
afinal deve ser necessário que o aluno entenda que é importante se estudar o
passado assim como o que é História para que o educador assim como
posteriormente o aluno obtenha sua própria concepção da mesma. Para tanto se
faz necessário uma breve concepção de História para que assim possa-se discutir
baseado nesta, uma metodologia de ensino da mesma disciplina.
Em
vista disso demonstraremos através de teóricos da história e seus argumentos uma
visão sobre o ensino de história. O historiador Marc Bloch que salienta: A História é a ciência do Homem no tempo (BLOCH,
2002), essa é uma boa referência do que é história, mas para mais que isso, se
compreende que a história é um processo de estudo que pode ser de uma
temporalidade ou de recortes históricos que podem permanecer ou desenrolarem-se
ao decorrer do tempo, por isso Marlene Cainelli,
argumenta: “A história pode englobar uma época ou uma vida individual, o estudo
de uma cidade ou nação. Estuda-se história para poder pensar o outro. Para
entender a dialética da mudança e dialética e da permanência. Ver que a vida
não é retilínea.” (CAINELLI, 2010, p.
32).
Entendemos
que a história é feita de temporalidades e estruturas históricas que podem ser
permanentes ou sobrepostas umas sobre as outras durante o decorrer do tempo. Assim
como o passado não pode então ser encarado como uma verdade absoluta, pois ela
é narrada a partir dos historiadores, seus escritores que são filhos do seu
próprio tempo.
Assim
o
resultado dos dias atuais é fruto de todas as ações dos homens que ficaram na
história. Analisando
suas temporalidades, suas permanências e em decorrência, suas contribuições
para os dias atuais, poderemos entender nosso comportamento e todas nossas
atribuições sociais e morais, por um processo histórico que nos transformou no
que somos e pensamos hoje.
Para se entender que o ensino de
história é importante, é necessário desenvolver com o aluno um olhar crítico,
voltado à história, e talvez nem só para a disciplina de história, mas como em
um todo na escola e para com a sociedade, para que se desenvolvam assim, as
noções básicas em torno da disciplina e dos fatos estudados. Para que esse
estudo da disciplina seja agradável e que possa situar o aluno dentro da
própria história é necessário que este se torne ciente de sua consciência
histórica e assim possa se aprofundar no estudo da história.
Antes de buscar despertar a consciência
histórica nos alunos é de total importância que o professor saiba conceitua-la
para compreendê-la. Segundo Barca, pautada no próprio Rüsen:
(...) entende-se a consciência histórica como uma atitude de orientação de cada pessoa no seu tempo, sustentada refletidamente pelo conhecimento da História. Distingue-se de uma simples resposta de senso comum às exigências práticas dessa mesma orientação temporal, baseada exclusivamente em sentimentos de pertença – de identidade local, nacional, profissional ou outra. (BARCA, 2004, p. 116).
Ou seja, a consciência histórica
basicamente é, conseguir situar-se dentro da história, a fim de que os
indivíduos tanto aluno quanto professor consigam versar fatos do cotidiano e algumas atitudes
baseadas no conhecimento histórico. Perceber que nosso presente está ligado ao
passado, à história nos mostra como as ações no tempo refletem em nosso
cotidiano.
É necessário é perceber que a história é
baseada no passado, e que tudo o que estudamos é fruto das ações de homens,
mulheres, crianças e idosos no tempo. Toda a história é baseada em fatos que
são vistos, por diferentes olhares de diferentes autores. A história é a
percepção dos fatos e ações no tempo, a partir do nosso olhar de hoje. Perceber
ações e quais estas reflete em nosso dia a dia. E a partir das percepções
históricas, olhar o mundo de outra forma uma forma critica onde se possa
perceber e questionar as ações políticas, sociais e econômicas do mundo atual.
A história não é retilínea e nem
cíclica, é um ciclo que está em constante mutação, onde há permanências, mas
também há rupturas. E que cada fato tem seu próprio processo histórico.
Pensando em uma história não linear, as Diretrizes de Educação Básica do Paraná
nos mostra que:
Os acontecimentos construídos pelas ações e sentidos humanos, em determinado local e tempo, produzem relações humanas, que ensejam um espaço de atividade relativo aos acontecimentos históricos. Isso ocorre de forma não linear em ações que produzem outras relações, as quais também constroem novas ações. Assim, os processos históricos são marcados pela complexidade causal; isto é, fatos distintos produzem novas relações, enquanto relações distintas convergem para novos acontecimentos históricos. (PARANÁ, 2008, p. 47).
Tem-se como uma obrigação no ensino de
História desenvolver e despertar a análise e o debate em volta das temáticas
aplicadas em sala, assim também se deve criar em sala de aula conhecimentos
básicos de tempo e espaço em torno da história, a fim de evitar confusões a
respeito dos períodos históricos.
Os estudos da história e da produção do
conhecimento, seus métodos e políticas, decisões, econômicas, sociais e
ideológicas, relacionados com a história e às teorias da aprendizagem, permitem
uma fundamentação para o professor em discussões curriculares mais aprofundadas
e alteram sua prática didática e pedagógica.
O ensino de História consiste em apresentar
os fatos históricos fazendo a relação entre passado e presente e colocando o
aluno dentro da história com o objetivo de desenvolver a sua consciência
histórica (RÜSEN, 2001). Os alunos devem entender a história, para que assim
tomem consciência que fazem parte dela e que estão envolvidos nela, são
sujeitos da história, que participam e mudam seu processo.
Para que o interesse do aluno se
desenvolva é necessário partir de metodologias, sendo assim a diversificação de
procedimentos em sala de aula é essencial para estabelecer essas conexões
sugeridas pelo autor. Cada aluno compreende de formas diferenciadas, a relação
do conteúdo apresentado. Enquanto alguns entendem melhor lendo e escrevendo,
outros preferem ver e ouvir, por isso é importante que o professor domine estas
metodologias, facilitando, assim, a transmissão do conhecimento e do conteúdo
para alguns alunos.
Para a aplicação de aulas busca-se uma
metodologia que consiste em aulas expositivas dialógicas (LOPES, In: VEIGA,
2000), que partem do princípio que as aulas devem ser dialogadas com os alunos,
captar o que os alunos carregam na sua bagagem do conhecimento e aproveitar
esse conhecimento, para partir de uma discussão da temática. Trazer o aluno
para dentro da discussão da temática, e o fazer interagir com a professora e
com os colegas de sala de aula. Como professores de história devemos instigar o
aluno para a temática, fazendo com que o aluno se interesse pela história,
partir do conhecimento prévio do aluno e causar interesse de aprendizagem.
O trabalho com o pensamento histórico exige que as ideias dos alunos sejam levadas em consideração no momento da aprendizagem como, por exemplo, as questões das hipóteses e da narrativa. É preciso solicitar aos alunos que levantem hipóteses sobre os conteúdos e elaborem narrativas faladas e escritas sobre as hipóteses levantadas. (CAINELLI, 2012, p. 29)
Assim como o professor deve trazer o uso
de recursos da tecnologia que haja dentro da sala, podendo ser feito o uso de
computadores ou recursos multimídias (BITTENCOURT, 2004), como as existentes na
maioria das escolas do Paraná, a TV multimídia. Usar documentos não escritos em
sala de aula é um bom recurso didático para que os alunos saiam um pouco da
rotina de apenas escrita no caderno, e percebam um novo olhar na aprendizagem
histórica.
Percebemos assim que o uso destes
recursos nos trazem oportunidades de trabalhar com nossas perspectivas de
ensino, trazendo vídeos ou imagens que podem ser utilizadas em sala de aula, as
quais melhorar o entendimento dos alunos perante a temática abordada.
Outra questão que se deve abordar em
sala de aula é que o professor deve repassar o conhecimento como prática
formadora de alunos conscientes de noções de espaço e temporalidades, assim
como ter uma construção de criticidade em relação às ciências sociais. O
professor de história deve repassar o conteúdo de forma investigativa, instigando
os alunos a pesquisarem para além da sala de aula. Assim como o docente deve
valorizar as interpretações que os alunos obtêm em sala, pois é a forma que o
aluno tem de demonstrar sua opinião e sua expressividade perante o conteúdo
trabalhado.
Para que o professor de história possa
dar suas aulas é necessário que tenha consciência de que seu trabalho é
fundamental dentro da escola. Além disso, deve compreender que o passado e o
presente estão interligados, ou seja, durante as aulas de história deve ser possível
para os alunos entender melhor os processos históricos, suas transformações e
permanências dentro das sociedades.
Um professor de História, mais do que ensinar datas e fatos (que são importantes, mas não devem constituir-se na única razão do ensino de História na escola), é alguém que coloca o aluno em construção/reconstrução do passado, ou, em outras palavras, abre um diálogo acerca do presente valendo-se das interpretações a que é submetida a produção do conhecimento histórico. (SEFFNER, In: GUAZZELLI, 2000, p. 260).
Na questão da avaliação percebemos que
não se pode ter apenas uma avaliação como referência de absorção de
conhecimento, a avaliação escrita é necessária, mas deve ser acompanhada com
outros fatores que contribuam para ver se o aluno apreendeu. Devem-se ter mais
contribuições avaliativas do que apenas uma prova, assim pode-se utilizar de
outros meios avaliativos, como trabalhos em peso de nota menor, participação e
interação com colegas e professor, a partir de comentários e indagações,
podendo perceber assim o entendimento dos alunos.
Outra questão no quesito avaliação é que
não se pode tê-la como forma de punição ou de repreensão, mas sim como um dos
métodos que se tem para poder avaliar o aprendizado e, a partir desta avaliação,
o professor pode se questionar e, até mesmo, melhorar sua forma de ensino para construir
melhores explicações para que os alunos entendam o conteúdo trabalhado. Não é
só pela avaliação escrita que devemos “julgar” se o aluno compreendeu o tema,
pois, a avaliação é um dos recursos para se perceber o aprendizado do aluno.
Mas por vezes nós, como professores, devemos perceber atos que nos demonstrem
se os alunos estão compreendendo a temática. (MORETTO, 2007).
Neste caso devemos perceber gestos,
perguntas, questionamentos e comentários que mostrarão que o aluno está
compreendendo a temática e manifestando interesse pela aula. As avaliações
devem ser feitas de forma eficaz e eficiente, com isso, se espera que o aluno
não utilize respostas prontas na avaliação, mas sim que ele expresse o
conhecimento adquirido verdadeiramente durante as aulas, colocando em sua
resposta o entendimento sobre a temática trazida para seu cotidiano, em que o
conteúdo faça sentido também na vida do aluno.
Devemos ter consciência de que a
avaliação é um processo importante e que o aluno não deve temer esta hora, mas
sim ficar a vontade para expor seu conhecimento. Assim temos que levar em
consideração alguns pontos; que o aluno carrega consigo sua própria bagagem de
conhecimento; o aluno sofre influências exteriores ao ambiente escolar, e que o
conhecimento significativo adquirido é estruturado e imutável, diferente do
conhecimento mecanicamente e que logo é esquecido. O professor deve saber
formular questões para que haja condições para que o aluno interprete e
relacione com seu cotidiano, sem causar dúvidas na hora das respostas. “Por isso dizemos que cabe a este papel de
catalisador do processo da aprendizagem. Catalisar/mediar/facilitar são
palavras que indicam o novo papel do docente no processo de interação com o
aluno”. (MORETTO, 2007 p. 87).
Percebemos então que o professor de
história deve sempre estar preparado com conhecimento e metodologia para dar
uma boa aula. É necessário que o professor seja preocupado com suas aulas para
que não caia de uma rotina mecânica de ensino. Percebemos que a disciplina de
história necessita mais do que aulas mecânicas, em que professor finge que
passa conteúdo e o aluno finge que aprende.
O
ensino de história é uma maneira de despertar um desenvolvimento de pensamento
critico perante a sociedade, é uma maneira de o aluno perceber as permanências
e rupturas das sociedades no tempo. Para que isto aconteça é necessário que o
professor seja capacitado e preparado para isto. Assim metodologias
diferenciadas e formas de avaliação corretas, fazem da aula e do professor um
estímulo e incentivo aos alunos que estão nas salas de aula.
A
partir de tudo o que vimos como metodologia perceberemos que é importante
destacar a temática aplicada em sala de aula. A partir disto tomamos como
exemplo da temática Guerra Fria que nos traz questões que podem ser vistas até
nos dias atuais. A guerra fria foi um momento de tensão global divida por dois
blocos.
Ao
final da Segunda Guerra Mundial o mundo dividiu-se em duas grandes potências.
Estados Unidos com grande investimento fabril ao termino da guerra e a URSS com
um poderoso exército vermelho. (THOMPSON, 1985). De um lado capitalista
liderado pelos Estados Unidos e de outro lado pela URSS (União das Republicas
Soviéticas Socialistas). Este conflito não se deu de forma direta, mas ficou
claramente visível por vários anos a tensão política entre os dois pólos
mundiais.
Os
dois lados disputavam territórios no globo para que assim se pudesse conquistar
e permanecer como maior índice de potência. Para que esta expansão territorial
acontecesse era necessária uma justificativa. Ou seja, para que se pudesse se
defender era necessário atacar. “Cada
uma está preocupada em deter seu violento adversário, cujo objetivo é dominar o
mundo. Cada uma está tentando se defender, ao passo que a outra está tentando
expandir seu poder” (CHOMSKY, p. 190, 1985). Assim se sucedeu grande parte do
período da guerra fria as ameaças capitalistas que poderiam adentrar o
comunismo, ou o próprio comunismo quebrar o sistema capitalista. Isto era o
medo das potências.
Assim
pode-se dizer que o sistema do conflito movimentou grande parte da população
mundial em favor da paz. Já que a guerra fria foi baseada em confrontos
militares, ameaça de ataques com bombas nucleares e o estouro de uma terceira
guerra mundial. Os protestos em favor da paz sucederam o mundo.
A ameaça constante de guerra produziu movimentos internacionais de paz essencialmente dirigidos contra as armas nucleares, os quais de tempos em tempos se tornaram movimentos de massa na Europa, sendo vistos pelos cruzados da Guerra Fria como armas secretas dos comunistas. (HOBSBAWM, 2010, p. 235)
A
Guerra Fria foi de certa forma uma aplicação de uma ideologia do medo, controle
e subversão. Algumas posturas políticas e sociais eram uma maneira de controlar
as pessoas em justificativa do conflito das superpotências. (CHOMSKY, 1985) Era
confortável para os governos propor uma extensão territorial através da
ideologia do medo do comunismo, assim como controlar as ações dos indivíduos
pela mesma ideologia.
Percebemos
assim que a Guerra Fria movimentou o mundo, seja através da tensão armada, ou
pela corrida espacial que se deu pelo avanço da tecnologia, ou pela ameaça
nuclear. De qualquer forma foi um período que gerou guerras civis como a do
Vietnã (1965-1975) e da Coréia (1950-1953). Dividiu a Alemanha em duas, no caso
a construção do muro de Berlim dividindo em Alemanha Ocidental
e Alemanha Oriental, e movimentou grande parte dos governos mundiais devido à
tensão mundial. Assim sucedeu-se a Guerra Fria um conflito de tensão
armamentista, que mudou o mundo e que ainda percebemos traços deste período nos
dias atuais.
REFERÊNCIAS
BARCA, Isabel. Aula-Oficina: do
Projeto à Avaliação. In: Para uma educação de qualidade: Atas da Quarta
Jornada de Educação Histórica. Braga, Centro de Investigação em Educação
(CIED)/ Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, 2004, p.
131-144.
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes.
Usos didáticos de documentos. In: BITTENCOURT. Ensino de História:
fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.
BLOCH, Marc. Introdução à História.
Coleção Saber. São Paulo: Jorge Zahar Editora, 2002.
CAINELLI, Marlene. O que se ensina
e o que se aprende em História. In: OLIVEIRA, Margarida dias de. Coleção
Explorando o Ensino. Volume 21. Brasília. Ministério da Educação. 2010
DANIKEN, Von, Eric. Eram os
Deuses Astronautas?. São Paulo. Editora: Melhoramentos, 2010.
HOBSBAWN, E. Era dos Extremos. O
breve século XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras. 2º Ed. 2010.
FONSECA. S. G. Didática e
Prática de Ensino de História. São Paulo: Papirus, 2003.
LOPES, Antonia Osima. Aula
expositiva: superando o tradicional. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org.) Técnicas
de Ensino: Por que não? São Paulo: Papirus, 1991, p. 35-45.
MORETTO, Vasco Pedro. Prova:
Um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas. 2° edição. Rio de
Janeiro: Lamparina, 2007.
PARANÁ. Secretaria de Estado de
Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica, História. Jam3
Comunicação. Paraná, 2008. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/historia.pdf Acessado em 12 de setembro de 2013.
RÜSEN, J. Razão Histórica.
Teoria da história: fundamentos da ciência histórica. Brasília: Ed. UNB,
2001.
SEFFNER, Fernando. Teoria,
metodologia e ensino de História. In: GUAZZELLI, Cesar Augusto B.. Questões
de Teoria e Metodologia. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2000.
THOMPSON, E. Exterminismo e
Guerra Fria. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985.
Você diz que a história seria baseado no passado, e tudo que estudamos está baseado nessa ação. Contudo, posteriormente, diz que a história não seria cíclica, por existir rupturas. Logo, podemos dizer que a história tem uma função de Magistra vitae ou não?
ResponderExcluirYego Viana Amorim de Almeida Santos (Graduante no curso de história - UPE)
O conceito de Magistra vitae creio que não cabe neste contexto. Pois, não trata-se de aprender com os exemplos que nos foi deixado durante o percurso da história. Neste texto pretendemos abordar apenas, que a história construiu e modelou as concepções e conceitos que temos hoje. É graças a História que aprendemos e temos "convenções sociais" que nos foi passada através do tempo. Sendo assim Magistra vitae não caberia como a História e seus exemplos a serem seguidos.
ExcluirAtt.
Você fala sobre a questão das avaliações corretas, ao meu ver é interessante que o aluno consiga expor o que entende, o que critica, ou o que questiona, sobre determinado assunto, também acho interessante essa questão de interagir professor/aluno/aula, mas quero saber em sua opinião, qual o melhor tipo de avaliação ou interação entre professor e aluno? Como quebrar a regra de uma avaliação escrita e uma aula dogmática? Os meios tecnológicos ajudam a manter essa interação entre ambos?
ResponderExcluirAtt, Valeria Taborda de Almeida
A avaliação escrita é importante, mas não podemos apenas nos limitar a ela. Devemos levar em consideração a participação do aluno em sala de aula, além de elaborar outros métodos de avaliação. Trabalhos em grupos e seminários é uma saída. Outras saídas também é fazer com que os alunos tragam jogos, músicas desenhos animações para demonstrar seu conhecimento. Nós como docentes devemos estar abertos a novas interações e formas de avaliações. Assim não ficamos limitados a apenas folha e caneta.
ExcluirAtt.
Valéria Becher
Ao meu ver, não existe uma melhor forma de interação entre professor ou aluno. Não podemos apontar uma ''formula de bolo'', pois ao tratar com pessoas, cada situação, pode exigir, um tipo de interação diferente. Eu também concordo em relação ao aluno expor sua opinião em sala e ser incentivado a debater na sala, pois querer medir o grau de conhecimento do mesmo com apenas um teste escrito, no meu ponto de vista, não é algo interessante. E sim, os meios tecnológicos podem aproximar os alunos das aulas, fazendo eles interagirem mais. Por exemplo, ao utilizar algum filme atual, com um contexto histórico, o estudante pode se sentir mais próximo da película por conhece-la e se sentir interessado na aula.
ResponderExcluirYego Viana Amorim de Almeida Santos (Graduante no curso de história - UPE)
Pensando em docência não existe uma fórmula que se encaixe para tudo, pois, sabemos que na prática tudo se torna diferente. Mas prestar atenção em que os alunos falam em sala de aula é importante, tentar fazer uma aproximação com a realidade escolar e a disciplina. E concordamos que trazer algumas mídias em sala de aula muda a forma de interação na sala de aula. Sendo assim os novos professores devem estar abertos a novas metodologias e novas formas de avaliação.
ExcluirAtt.
Olá gostaria que você aprofundasse seus apontamentos quanto a avaliação escolar a partir do seguinte comentário: como podemos querer que o aluno encare a avaliação como parte do processo de aprendizagem se ela em si e dentro da estrutura do curriculum escolar não se configura como tal?!
ResponderExcluirDentro dessa perspectiva devemos então trazer a aproximação do aluno para com a escola. Nós como docentes devemos fazer com que o aluno sinta-se mais perto da história. Buscar que o aluno compreenda que a sociedade atual se construiu a partir da história explicada em sala de aula. Mostrar exemplos que aproximem o aluno dentro do conteúdo escolar.
ExcluirAtt.
Antes de buscar despertar a consciência histórica nos alunos é de total importância que o professor saiba conceitua-la para compreendê-la. Defina o que é consciência histórica segundo Barca.
ResponderExcluirGerusa Carolina Kestering
Os objetos centrais de pesquisa de Isabel Barca no campo da educação histórica tem a intenção de reunir dados empíricos que possibilitem um melhor entendimento das ideias dos jovens acerca dos usos da História no seu quotidiano. Buscar relacionar a História em si com o cotidiano dos jovens alunos acerca da realidade atual.
ResponderExcluir" Assim, entende-se a consciência histórica como uma atitude de orientação de cada pessoa no seu tempo, sustentada reflectidamente pelo conhecimento da História. Distingue-se de uma simples resposta de senso comum às exigências práticas dessa mesma orientação temporal, baseada exclusivamente em sentimentos de pertença - de identidade local, nacional, profissional ou outra."
In: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol7iss1articles/barca.pdf